De súbito, começa a garoar naquela triste tarde de domingo. Era quase inevitável o tédio entrar por entre as portas daquele condomínio de três cômodos. Letícia troca rapidamente olhares entre seu relógio de pulso com o do seu celular. Realmente já estava certa que ele não viria. Não por causa da ultima discussão, pois esse tipo de coisa já era de praxe de qualquer relacionamento de sua tão breve, mas conturbada e intensa vida amorosa.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
Mãos
Mão que se movem
São as mesmas que acenam
Se despedirem saúdam
Que apertam outras mãos
São as que tocam no corpo
Deslizam apertam
Afagam e sentenciam
O ato que só elas são capazes de fazer
São as que cobrem o rosto
De tristeza vergonha
São as que denunciam
Nosso verdadeiro estado de espírito
São as que condenam
Apontam a machucam
São as que denunciam
Gesticulam gestos banais
E perduram séculos
Mãos que se encontram
Que concretizam o amor
Que auxiliam e emocionam
Cativas mesmo paradas
Mãos que aplaudem
Que reconhecem um espetáculo
Que fazem barulho
Mas que também suavizam
São nossa alma
Transmitem energia
São dedos e movimentos
Que traduzem a vida
Partida
Mais um dia na estação
E são muitos que por ali passam
Trazendo suas coisas
Com muitos sonhos e alguma expectativa.
São de toda parte
Vieram de algum lugar
Cada um com sua historia
No peito saudades
Por partir de sua terra
Chegam pra ficar
Erguem prédios constrói famílias
Com Fe vivem suas vidas
Uns só passeiam
Espantam-se com tanta novidade
Quanta coisa imaginam
Pode ter num só lugar
Assim a cidade cresce e se modifica
E outros filhos acolhem
De lugares tão diferentes
Formam outra língua
Então partem
Crescem e se multiplicam por ai
Criam civilizações
Ate chegar o dia
De partirem outra vez
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