quarta-feira, 28 de julho de 2010

Memórias vagas de um cachorro qualquer

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Não me lembro de onde vim. E nem sei como fui parar na casa daquelas pessoas que por motivos ainda desconhecidos por mim,me adotaram e ate coloram um nome. Na casa onde morava havia muitas coisas estranhas. Uma delas era o fato das  pessoas sempre estavam andando . isso sempre me intrigara. Nunca paravam no mesmo lugar. Era como se elas precisassem  se deslocar para algum canto para poderem respirar. Eu mesmo adorava ficar no meu cantinho reservado perto da garagem, mas vez e  outra me encostava no sofá e ficava vendo aquelas pessoas  com seus pequenos eventos cotidianos corriqueiros ou simplesmente uma  pessoa passava a mão na minha cabeça ,( não sei por que ) mas  adorava quando isso acontecia.

 Lembro também que antes me chamavam de filhote. Depois de   alguns meses já diziam que era o meninão da família. Uma vez por semana,  passeávamos no parque da cidade . Adorava correr pela grama e demarca o meu território numa caixa de alumínio que varias pessoas iam para comprar uma coisa chamada de côco. Apesar de adorar fazer aquilo, sempre levava bronca da minha família e quando isso acontecia,eu  corria para o lago do parque para ver a água e os patos . A água me acalmava.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Relato de um Transeunte






Ansiedade 
talvez seja assim:
segurando a barra do vestido
e vagando os olhos 
no canto da janela
olhando para lugar nenhum
na espera de um amor qualquer

Nas ruas de Ouro Preto
avisto casas bucolicas
que  estampam historia, melancolia
em qualquer canto que passo
ate no cafe que se toma
sente-se um cheiro de outrora

 Ruas pequenas
ou apenas ruas
ainda há moças na janela
olhando pro alto
pra dentro de si mesmas
na espera 
talvez primavera
de algo acontecer.