quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Os Homens de Terno



Os homens de terno estão por ai
Aonde você imaginar
Estão sempre levando suas malas
E seus cigarros a tragar

Tem palavras preparadas
Para qualquer tipo de pessoa
São os donos da verdade
Pelo menos é o que pensam

Eles nunca choram
Nem há necessidade pra que?
Seus negócios acima de tudo
Lucram com a fraqueza humana

Rostos quase inexpressivos
O sorriso chega a machucar
Tem almas cinzas que amedronta
A mais corajosa pessoa

São milhares
Sugam ate a ultima gota
Compram seu tempo com falsos sorrisos
Dessa forma se multiplicam

Deves temer?
Não, deves discordar e ir a luta
Sem os ignorar
Não os subestimem
Pois do contrario eles se multiplicam
E roubem mais tempo promessas
Sonhos vidas esperanças
E mais ternos vão usar

A lente




As fotos
São pequenos momentos que passamos
Em frente a uma lente
Com sorrisos fingidos momentâneos
Que com o tempo se amarelam

La esta sua vida
Com a família parenta
Amigos de outrora
Os amores remoídos
Ate estranhos conhecidos so pelo sobrenome

No momento fica bonita
Com o tempo fica a saudade
Vontade queimar rasgar destruir tudo esquecer
Ou voltar tudo outra vez

Não somos feitos de cliques
Ali não está a verdade
Mas precisamos deles para guardar, recordar,viver
Passar as tardes a refletir
Agora é so mostrar os lábios
Olhar pra lente
E sorrir

A Rosa



As rosas que recebe
Esta simbolizada o amor
Tem beleza e perfume
Mas tem espinhos que furam
Formando assim uma beleza estranha

Assim ela dança
Beija-o e cochicha
Confissões de ma moça
Que sonha ser desejada

Perde o ar
Quase desmaia, mas respira
Chora por tudo que aconteceu
Conjura berra sangra por dentro
Mas no final acaba perdoando

Ah.. As rosas
Despedaçam-se e murcham
Mas com as lagrimas
Aos poucos uma pétala se abre
E outra rosa começa aflorar

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Molecagem


Molha o chão e corro para uma pizzaria que avisto na esquina . Não foi fácil escapar das mãos pesadas e cansadas de meu pai.

Bem tudo iniciara quando jurei que tão cedo pularia o muro da escola pala saltar pipa com a turma da Rua Efigênio perto da padaria do seu Raimundo. Mas não adiantara muito, pois como todo moleque sem jeito, desfazia promessas como presentes em festas.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

A Menina e seu Caderno

Por entre os dedos
Segura o caderno
Seu instrumento predileto
Para aflorar seus desejos

Inventa palavras
Brinca com as letras
Nas palavras esconde
Seus mais secretos desejos

Pode ser mentiras passageiras
Ou a ancia de se expressar
Mesmo nas lagrimas revelas
A aptidão para amar

Será Pessoa
Ou somente uma menina?
Não faz muita diferença
Pois ,nas linhas ,ela se completa

A Chuva


E o galo cantou
Com café inicia-se mais um dia
Nada se falou
Só a preguiça impeça os corpos

Não tem muito que se ver
São as mesmas coisas de sempre
Pouco se sabe
Pouco se muda
Naquele lugar tão esquecido dos outros

Derrepende, vento
Aos poucos pingos
Nas bicas, muita água

As crianças se molham
Brincam e festejam
Celebram a vida
Tão sofrida, mas singela

E assim, vão vivendo
Com tão pouco em acreditar
Em cada gota, uma esperança
De um dia tudo melhorar

um par de botas


As botas
Sempre estão por ai
Esperando em pé descalçado
Que adote sua sola

Seus cadarços se entrelaçam
São laços bonitos
Mas se não bem feitos
Podem parecer abandonados

Combina com calças
Quiçá com saias
No sol ou lua
Nunca se despença

O tempo se passa
Mas elas sempre esperam
Um par para confortar
Aquecer e consolar
Um pé solitário