sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Sobre o nada e Paul Mccartney





Confesso que não tenho o hábito de escrever textos ou crônicas, prefiro poesia ( a  pesar de não escrever nada de relevante e saber que a leitura de poesia ou qualquer coisa no Brasil  seja desvalorizada ,acabei tomando certo gosto pelo o gênero. Eu sei, talvez eu seja maluco mesmo ). Claro que vez ou outra isso não impeça que eu caia no erro de escrever algo fora os versos.

Revendo uns textos antigos, percebi que escrevi algumas coisas sem muita importância, para  falar a verdade, continuo com a mesma opinião. Sem citar alguns erros que cometi nos textos em  nosso tão sofrido português. Por isso, estou mais atento ao que escrevo o sobre o que escrever.

Talvez um dos motivos que tenha me levado ao princípio de não fazer muitos textos sejam os próprios blogs. Muita bobagem , muita alegria , muita tristeza. Tem coisa de mais e conteúdo de menos.

Porém, queria me expressar além dos poemas. Tenho lido umas crônicas e isso alimentou um certo desejo de me posicionar sobre alguns assuntos que não me interessariam escrever em versos.

Mas por onde começar ? Foi aí que me deparei com o grande desafio do escritor:  temas e como transcrevê-los.

Depois percebi que não precisava ser tão complexo assim, ate por que, quem vai ler mesmo esse texto mesmo ?

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 Alguns assuntos me vieram a mente: mulheres, quadrinhos, musica ,a vantagem de não se alugar um filme ,teoria da conspiração, telemaketing. Mas desisti logo de cara. Ainda não tenho pratica e nem paciência de falar sobre esses assuntos, quem sabe mais adiante. Também não queria falar sobre as eleições. Todos os políticos são mentirosos e corruptos, mas entre todos eles, ressalto que o PT é  o partido mais comunista e, se eleito, implantara uma nova ditadura no país. Também não quero desperdiçar meus  singelos comentários sobre o Lula. Tudo ao seu tempo.

Foi ai que me veio uma idéia: vou comentar sobre a compra de ingresso do  show Paul McCartney no Brasil

Acabei de comprar o ingresso do segundo show do Paul aqui em SP. Tarefa essa nada fácil, pois o lugar estava cheio, inclusive de cambistas. Ao me deparar com essa observação, tive uma rápida idéia de  como funciona na pratica  o sistema brasileiro, ou seja, estamos cercados de bandidos. Não importa se é na política, no jogo do bicho,  loteria, filmes piratas, drogas, lotações. Tudo tem um comercio para o financiamento do trafego implícito,  e os cambistas eram só o exemplo disso.

Gosto dos Beatles, mas não do Paul McCartney. Nunca fui muito com a cara dele ( isso so piorou depois que li uma entrevista do John Lennon para revista Rolling Stone em 1970, onde ele falou sobre as orgias, o mito Beatles , o ódio que os outros integrantes da banda  tinham por Yoko,o lado vendido da banda e sobre o egoísmo de Paul ). Ate gosto das musicas dele nos Beatles, mas para por ai.

Na enorme fila ( acho que as filas deveriam ser patenteada como patrimônio nacional ) via-se uma  enorme ansiedade das pessoas, isso se agravou quando elas estavam com os ingressos. Não consigo entender o porquê das pessoas ficarem tão felizes por isso. Fazia um frio horrendo, deixo a idolatria para os grandes escritores  e filósofos

Bem, para ser franco, o ingresso não era para mim. Mas confesso que no momento em que eu estava no guichê, uma parte  de mim queria ir para esse show que provavelmente, será o ultimo dele por aqui ( sem falar dos exorbitantes preços dos ingressos ). Após pegar o canhoto, me deu até certa inveja, mas foi passageiro. Ainda bem..







terça-feira, 19 de outubro de 2010

Labirinto Armado

Liberdade: sf. 1. Faculdade de cada um se decidir ou agir segundo a própria determinação 2. Estado ou condição de homem livre 3. Confiança, intimidade ( as vezes abusiva )



Sonho:

Estou no centro da cidade. Abruptamente  ,sou empurrado por varias pessoas, todas usam camisas vermelhas e eu estou de camisa branca (  o ambiente é preto em branco. As únicas cores que visualizo são as das camisas rubras ). Me fazem perguntas, mas não entendo o que dizem. Pressinto que não estou em boa companhia,  então tento uma fuga, mas são muitos. Me seguram e me espancam ( o bom dos sonhos é que a dor não é tão gritante como o da realidade ). Abro os olhos , estou livre, mas ao meu redor  um rio de sangue empoça as ruas da cidade. De longe, vejo a multidão aglomerada  aos berros , aplausos e espalhando panfletos com o rosto do  mesmo homem que me fez as perguntas  e gritos que não conseguia entender.    

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Quase ( ou o que sobrou dele)


quase não se escreve
quase não se converça
cliques são mais freqüentes
mais um comercial se repete

quase não se tem amigos
nos jornais, uma nova cantora
a política ficou na sessão de humor
subritai-se o conhecimento
através do divertimento

quase não se recebe cartas
quase mesmo não se le
Chopin ficou para traz
Mais comum é ouvir o carro do gás

há  muitos quases nessas frases
por onde se esconde a  verdade?
quase mesmo nem  ha perguntas
nos gritos , já não há alarde

Por aqui faz calor
mas estações já não importam
Pois sempre será inverno
no quase de cada verso