sábado, 21 de fevereiro de 2009

O Bloco



Brasa nos pés,
Corpos se confundem na multidão
Gritam, saldam a alegria
Misturam-se pela avenida

Antes eram mascaras,
Hoje são meras camisas
As tintas já não servem mais
Foi-se o tempo das fantasias

Mas ainda há Pierro
Buscando sua Columbina
Existe uma melódica marchinha
Que ecoa entre tanta euforia

Onde estas?
Por ai
Queria te ver
Mas isso não e problema
Sim, pois há tantas luzes que te rodeiam
Também não te encontro entre bandeiras

E o povo segue a cantar
Refrões que, em breve, irão se modificar
Garrafas se misturam
Entre paralelepípedos
Que a cidade lapidou em outrora

E assim vai passando
Mais um samba popular
Que transmuta entre as bocas
Mais um coro a cantar
Fazendo em versos
Uma alegria fugaz
Mas necessária
Para podermos respirar

Pois logo são cinzas
Que de tudo vai sobrar
Logo tudo se acaba
E logo tudo voltará
Então abra alas
Vai passar!



5 comentários:

Anônimo disse...

o carnaval na avenida
é pra jamais acabar
rodopia na ladeira da alegria
carnaval e fantasia.

Nat Valarini disse...

Boa tarde!

Confesso que não sou foliã, mas adoro os dias de folga que o carnaval proporciona.

Sua poesia é bela e bem trabalhada, algo digno de um grande poeta.

PS.: a fotografia que você escolheu para 'casar' o poema é muito bonita.

Kiso

http://garotapendurada.blogspot.com/

Gabriel disse...

E a vida é uma constante mudança e as marcas nos deixam na pele a memória do que já passou.

O samba passa, as marchinhas também e tudo passa e logo volta.

Ótimo poema meu caro. Fico surpreso e satisfeito quando vejo companheiros que escrevem tão bem como ti.

Grande abraço.

Gabriel disse...

PS. Ah e já ia me esquecendo, indiquei um selo "Olha Que Blog Maneiro" pro teu blog, lá no meu, pois realmente gostei dele ;)

Renata, as Magnólias e a Estriquinina. disse...

te adicionei na minha lista de blog preferidos!
Sobre o teu texto, digo apenas isso: Eu ainda espero passar.